9 dicas para comemorar o Dia do Cinema Nacional
O 19 de junho é de celebração para o cinema brasileiro. Essa é a data oficial do Dia do Cinema Nacional, uma homenagem ao dia em que o italo-brasileiro Afonso Segreto, o primeiro cinegrafista e diretor do País, registrou as primeiras imagens em movimento por estas bandas, no ano de 1898.
De lá pra cá, muita água já passou por debaixo da ponte, tornando o cinema feito no Brasil uma de nossas grandes forças culturais, mesmo que atualmente outras forças deixem de valorizá-lo, ou até mesmo queiram prejudicá-lo. Mas a cada dificuldade, nosso cinema se renova e se fortalece.
Além do dia 19 de junho, o Brasil também guarda com carinho o dia 5 de novembro, aniversário da primeira exibição público de cinema em nossas terrinhas.
Bacurau (Juliano Dornelles, Kleber Mendonça Filho, 2019)
O filme mais discutido da história recente do cinema nacional (e internacional) é com certeza Bacurau. Selecionado como um dos melhores filmes em listas de revistas como a Vulture, Indie Wire, Rolling Stone, Esquire, Atlantic, entre outras, o longa retrata uma cidade do interior com todas suas excentricidades possíveis e faz metáforas muito contundentes com a realidade política do Brasil e do mundo. Uma utopia quase apocalíptica, mas multirracial. Já olhou Bacurau? Pois deveria!
Disponível no Telecine
Somos tão jovens (Antonio Carlos da Fontoura, 2013)
Continuamos com Legião Urbana na pauta, mas agora, nada de ficção. Somos Tão Jovens é uma cinebiografia de Renato Manfredini Júnior, ou melhor, Renato Russo, o cantor e compositor que mudou a história do rock no Brasil. O filme passa pelos anos da criação da banda punk Aborto Elétrico até a fama com a Legião Urbana, recriando uma jornada que mescla a história do rock e do próprio Brasil nos anos 70 e 80.
Disponível no Amazon Prime Video
Como nossos pais (Laís Bodanzky, 2017)
O filme ficou consagrado durante sua participação no Festival de Gramado. Dirigido por Laís Bodanzky e estrelado por Maria Ribeiro, “Como Nossos Pais” não é um filme sobre um simples relacionamento amoroso. É a história de Rosa (Maria Ribeiro) e as suas relações. E como a Bruna mesmo escreveu na crítica, “as lágrimas saltam dos olhos e saímos querendo dar um abraço apertado em nossas mães”.
Cabras da Peste (Vitor Brandt, 2021)
Outro original Netflix. Mas com uma pegada bem diferente. Com o pé no cinema pop de comédia, Cabras da Peste é o tipo de filme para assistir e desligar dos problemas da vida. É um buddy cop cangaceiro que reúne os ótimos Matheus Nachtergaele e Edmilson Filho em um filme sem grandes pretensões, mas digno de arrancar risadas pelas situações inusitadas e piadas quase sempre inocentes. Tudo muito colorido e brasileiro, como deve ser.
Faroeste Caboclo (René Sampaio, 2013)
Agora vamos para dois filmes inspirados na obra de Renato Russo, líder da banda Legião Urbana. O primeiro é Faroeste Caboclo, clássico do rock brasileiro dos anos 80. A letra certeira de Russo ganhou uma história completa, (re)imaginada em filme com a participação de Isis Valverde como Maria Lúcia e Fabrício Boliveira como João de Santo Cristo. Curiosamente os dois voltaram a fazer um par romântico em outro filme que se mistura com a música nacional. Em Simonal (Leonardo Domingues, 2018) eles são Wilson Simonal e Tereza. O diretor René Sampaio também é o diretor de Eduardo e Mônica, outra letra de Russo que virou filme. O longa tem Alice Braga no elenco e deve estrear ainda em 2021.
Talvez Uma História de Amor (Rodrigo Bernardo, 2018)
Um filme nacional que remonta uma excelente comédia romântica, digna de grandes produções estrangeiras que tanto rondam a cultura pop. O diretor Rodrigo Bernardo (que vai dirigir o live-action brasileiro do Jaspion) capricha no pacote completo da instigante história de Virgílio (Mateus Solano), que acaba de sair de um relacionamento, mas, estranhamente não consegue lembrar da ex-namorada. Vale cada segundo!
O Auto da Compadecida (Guel Arraes, 2000)
Outra grande forma de celebrar o Dia do Cinema Nacional é com O Auto da Compadecida. Aqui temos um exemplo inverso do que vimos em Entre Irmãs. A produção de Guel Arraes com Matheus Nachtergaele e Selton Mello, com participação especial de Fernanda Montenegro, foi um sucesso tão grande na TV aberta que mesmo depois de ser exibida na Globo, ainda teve uma versão que entrou nos cinemas um ano depois. E claro, o sucesso da saga de João Grilo e Chicó é igualmente proporcional a este fenômeno de público e crítica.
Orfeu do Carnaval (Marcel Camus, 1959)
Mesmo sendo um filme dirigido por um francês, Orfeu do Carnaval, ou Orfeu Negro (como ficou conhecido mundo afora) foi um grande marco para a cinematografia nacional, levando o País ao Oscar (que não é seu), de Melhor Filme Estrangeiro, e à Palma de Ouro em Cannes. Embora os títulos tenham rumado para a Europa, o longa é um retrato do Brasil e de nossa cultura, tendo em seu protagonista Breno Mello, um gaúcho que na verdade era jogador de futebol. O filme ganhou um remake em 1999 com Tony Garrido e Patrícia França, dirigido por Cacá Diegues.
Ilha das Flores (Jorge Furtado, 1989)
O catálogo do Telecine é o que melhor e mais variedade de cinema nacional oferece atualmente. Fica difícil selecionar só três obras, por isso, optei por resgatar esse clássico curta-documental de Jorge Furtado de 1989. Isso porque a experiência ao assistir e o impacto que ele traz até os dias de hoje continua tão forte quanto ao do ano que foi lançado. É o tipo de obra que não pode faltar em sua galeria mental do cinema brasileiro. Não por acaso, foi eleito o melhor curta brasileiro de todos os tempos.
Disponível no Telecine
Disponível no Telecine
E você, qual desses escolheria nesse dia 19 de junho?
Fonte: vigilianerd.com.br